Algumas pessoas se surpreendem quando afirmo que doença não existe e retrucam: “É claro que a doença existe, como todos podem constatar”. Elas estão confundindo o existir com o estar manifestado. De fato, a doença é um estado que está manifestado, mas ela não existe de verdade. Tudo o que está manifestado desaparece, mas o que existe de verdade jamais desaparece.
Diante da pergunta: “Então, o que existe realmente?”, as pessoas poderão responder: Deus, a verdade, o belo, o bem ou até mesmo o ser humano. Mas o ser humano, no tocante à existência física, é fadado a morrer e virar cinzas (ou voltar ao pó). Portanto, também é uma manifestação (fenômeno). O Sol, a lua e outros corpos celestes, visíveis aos olhos físicos, também são manifestações, pois consta que, no fim, se transformarão em poeiras do espaço. Entretanto, por trás do aspecto fenomênico existe a Imagem Verdadeira. Por exemplo, por trás do Sol visível aos olhos físicos, existe a “essência espiritual do Sol” que é eterna.
Precisamos, porém, cuidar bem também das manifestações. É um equívoco não dar importância ao corpo carnal e às coisas materiais, pois não são mera matéria, e sim imagens simbólicas que expressam a Vida de Deus.
A fotografia, por exemplo, é um objeto material; mas, quando se trata do retrato de uma pessoa querida, certamente lhe atribuiremos uma importância muito maior que o seu valor material e cuidaremos dele com todo o carinho. O mesmo se pode dizer do ser humano manifestado como corpo carnal. Quando compreendemos que é manifestação do ser eterno, do homem, filho de Deus, passamos a nos empenhar realmente em cuidar bem do nosso corpo. Somente o que é eterno possui valor supremo. É evidente que Deus e o filho de Deus, que são eternos, possuem valor infinitamente maior que as manifestações transitórias, como, por exemplo, o “homem carnal”. Entretanto, no corpo carnal se expressa a Vida do filho de Deus e, por isso, precisamos preservá-lo com zelo. Quando amamos e respeitamos alguém, cuidamos com carinho o retrato dele. Mas se perguntarem qual das duas – a própria pessoa ou a sua fotografia – é mais valiosa, é óbvio respondermos que a pessoa é muito mais valiosa que a fotografia.
De modo análogo, embora o “homem carnal” tenha a sua importância, é evidente que o homem, filho de Deus é infinitamente mais valioso. Pois saiba que o homem, filho de Deus é a essência do seu ser, é a sua Vida. Quando todos compreenderem o verdadeiro valor da Vida, este mundo se tornará realmente pacífico, pois as pessoas respeitarão umas às outras e viverão repletas de gratidão e alegria.